O Santo Cristo da Misericórdia é uma obra do criador de imagens sevilhano Juan Manuel Miñarro. A obra reflete a pesquisa sobre o Santo Sudário. Miñarro é um grande conhecedor de tudo relacionado ao Sudário e muitas dessas características são definidas na imagem feita. O escultor reproduziu as características, ferimentos e feridas refletidas no Santo Sudário, do qual o escultor é um grande estudioso e já existem várias esculturas feitas seguindo esta linha. Talvez o mais importante seja o Cristo da Universidade de Córdoba, obra anterior a este Cristo da Misericórdia.

Precisamente, cientes da existência do referido cordovês crucificado, os irmãos da Macarena da nossa paróquia contactaram Miñarro para lhe pedir uma réplica, algo que o escultor recusou, alegando que os imagenólogos não devem trabalhar em série.

Em vez disso, ele os ofereceu para fazer um trabalho completamente novo, embora também baseado no corpo do Santo Sudário, com o conhecimento que agora está disponível sobre como os condenados eram crucificados nos tempos romanos. Juan Manuel Miñarro esclarece que o Cristo da Universidade é único e não aceita repeti-lo, nem sua coroa, nem suas feridas. É por isso que o novo Cristo de Miami é diferente.

Embora a irmandade de Macarena quisesse "uma cópia exata do Santo Cristo da Universidade", esta é menor que a de Córdoba e apresenta diferenças visíveis com esta, como a clássica coroa de espinhos e sua cruz é mista, entre arbórea e plana.
A nova imagem do Cristo do Sudário é única, pois é a primeira a apresentar o corpo trespassado pela lança "é o primeiro tranfiserum".

Neste sentido, junto com a posição exata da lança, que atravessa completamente o corpo como conta São João em seu Evangelho, a colocação real dos cravos nos pulsos e não nas palmas das mãos ou a postura menos rígida que a habitual nas representações de Cristo na cruz, Miñarro aplicou à imagem muito mais marcas de açoites e feridas do que as que costumam ser representadas nas esculturas desta iconografia ou, por exemplo, mostra o ombro esquerdo deslocado, como parecia uma reconstrução em 3D do corpo do Sudário.

Por fim, no 'titulus crucis' as letras são escritas ao contrário e incluem alguns erros, como na relíquia que é preservada.